Como muito de vocês anteciparam, minha resposta a questão de ontem, “Qual qualidade que qualquer religião pode facilmente fazer dela a coisa mais perigosa no mundo?” é exclusividade.
Exclusividade.
Vamos explorar, sim?
A convicção que uma religião é infinitamente mais correta que qualquer outra tende a inevitavelmente – e certamente pela história – acontecer desta maneira:
Eu conheço Deus. Você, tendo um Deus diferente, visivelmente não conhece.
Meu Deus é o Deus verdadeiro. Seu Deus, consequentemente, não pode ser.
Meu Deus é onipotente, onipresente, e sustenta o mundo por simples exercício de sua vontade. Seu Deus é uma podre delusão que somente alguém criado em sua cultura completamente estrangeira pode cogitar considerar credível.
Meu Deus é o Deus. Seu Deus é um impostor.
Meu Deus oferece salvação eterna. Seu Deus é um passagem de ida para um lugar que pessoa alguma jamais gostaria de ir.
Meu Deus é bom
Tudo que existe em oposição a meu Deus é ruim.
Você claramente tem uma escolha: meu Deus, ou o mal enganador.
Se você escolher o mal, então, como você com certeza entende, você limita minhas opções.
Pois certamente meu Deus me chamou para resistir ao mal, em todas as suas manifestações.
E se você escolher alinhar-se com o mal que jurei resistir, então certamente você entende não tenho escolha em minha resposta.
Irei tirar sangue de ti, e o sangue de suas crianças.
Eu serei surdo aos seus gritos.
O que posso fazer? Meu Deus, sendo infinitamente bom, irá desejar nada menos.
Minhas mãos estão amarradas, vê? Sou um servo do Deus mais alto.
Do único bom, real e verdadeiro Deus.
Nós seremos vitoriosos.
Nós iremos tomar sua terra. Nós iremos levar suas crianças. Nós iremos tomar suas mulheres.
Nós iremos tomar tudo que é seu.
E quando fizermos isso, e você tiver desaparecido, nosso Deus ficará satisfeito.
Vê? Então, a maior parte das pessoas razoáveis iriam acreditar que isso é um problema. Você não concorda que é?
Por favor discutam entre si.
Por favor.