Meu Deus Se Preocupa com Corações, Não Virilhas

Meu Deus Se Preocupa com Corações, Não Virilhas February 23, 2011

John, porque no seu blog você escreve tanto sobre gays? Com tantos os assuntos que temos no mundo, porque você passa tanto tempo obcecado com este?

Essa foi parte de um email que recebi esta manhã.

Não é a primeira vez que me perguntaram isto. Então vamos analisar esse pequeno trecho em particular:

Dentro dos 1000+ textos que postei em meu blog nos últimos três ou quatro anos, talvez 25 sejam sobre o relacionamento entre gays e o Cristianismo. Se isso é uma obsessão, eu sou uma Lady Gaga vestida de carne (Mmmm… delicioso Bacon-Gaga…).

Falando genericamente, a razão pela qual escrevo sobre gays e Cristianismo é porque a igreja de Jesus Cristo na terra está nos espasmos de sua segunda grande reforma. Está acontecendo por causa deste simples assunto. Estou surpreso que eu escrevo sobre qualquer outra coisa.

Falando pessoalmente, a razão pela qual eu me preocupo tanto sobre este assunto é por causa de meus amigos.

Meu pai é um homem heterossexual com prazer de ser o centro das atenções. Ele é um ator; ele sempre foi O Cara do Teatro. Portanto eu cresci com homens gays em minha vida. Não que como garoto eu sabia ou me preocupava com o que “gay” significava. Mas eu sabia que eu gostava bastante de todos os amigos tespianos (dramáticos) do meu pai. Eles eram pessoas divertidas. Eu considerei alguns deles amigos verdadeiros.

Eu sempre tive amigos gays em minha vida. Não amigos casuais ou conhecidos: amigos verdadeiros, honestos, dia sim e dia não.

Amigos quem, por me levar as residências de suas famílias, resgataram-me de meu próprio intolerável lar. Amigos que me emprestaram dinheiro para que eu pudesse sobreviver. Colegas de quarto. Colegas de trabalho. Colegas de colégio. Somente… pessoas. Amigos.

Você convida para sua vida as pessoas com a maior qualidade possível naquele momento, certo? Da maneira como acontece, normalmente para mim elas têm sido homossexuais. E nunca nenhum destes relacionamentos teve algo a ver com sexo quanto fazer experimentos científicos tem a ver com o relacionamento entre eu e meu bom amigo, o (hétero) aposentado professor de química.

Essa história com os Cristãos tendo problemas com as pessoas porque elas são homossexuais é, para mim, tão estranho, e tão incompreensivelmente bizarro, que malmente é registrado como uma realidade. É como se depois de, digamos, ter sido elegido para um conselho municipal, eu descubro que à noite, após o encontros do conselho acabarem, todos meus companheiros de conselho se juntam em uma grande sala, ficam nus, deitam em suas costas, e cantam músicas militares Lituânias enquanto chutando bolas de praia pelo ar com seus pés.

Isso simplesmente não iria computar comigo.

A única coisa que importa para mim é a qualidade de seu caráter. É isso. Para mim, é um contrato de uma cláusula. O que eu estou interessado é em quão doce alguém é – quão aberto, inteligente, sábio, tolerante. Eu me preocupo em quão morais elas são.

O que eu ganho em saber se certa pessoa é gay ou hétero? Eu ficaria envergonhado de usar a orientação sexual de alguém como uma maneira de medida pela qual eu posso avaliar sua personalidade moral. É como usar um termômetro para checar quão rápido um carro está andando. É só estúpido.

Tornar-me um Cristão não mudou está verdade fundamental de minha vida em absolutamente nada. Eu não irei virar minhas costas para meus amigos por causa da maneira que alguém decidiu interpretar algumas linhas da Bíblia. Eu posso ler a Bíblia sozinho. Eu não preciso que alguém me diga o que é que diz, ou significa, ou significa pelo que diz. Tenho olhos. Posso ler. Eu posso fazer minha própria pesquisa.

Se você acredita que Deus, buscando avaliar o estado moral de uma pessoa, observa sua virilha, então… Boa sorte na vida. Eu sinto pena por você. Porque o que mais interessa Deus sobre uma pessoa não é de longe sua virilha. O que interessa a Deus sobre uma pessoa, a princípio, acima de tudo, e para sempre, é seu coração.

* * *

Por John Shore em 6 de Outubro de 2010

Traduzido por João Mattos em 23 de Fevereiro de 2012


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